segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

To à beira de um colapso nervoso, é sério.
To quase comprando uma chave de roda pra colocar no banco de trás do meu carro pra calar a boca de qualquer maldito que encostar no meu carro.
To quase enfiando a minha mão pela boca de um monte de gente pra pegar as suas gargantas com a minha mão esquerda.
To pra arrancar as bolas do próximo desgraçado que me sacanear.
To pra arrancar a pele e comer nacos crus da próxima vadia que passar na minha frente.
To pra te dar um recado tem muito tempo,




Enfia o dedo no cu e rasga, porra.

domingo, 27 de setembro de 2009

Eu gostaria muito, muito mesmo de querer ter você (ou a todos aqueles que nós sabemos).
Mas a verdade meu querido, é que eu não consigo gostar de ninguém.













:'

quarta-feira, 17 de junho de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A invisível e o boêmio

Eram 8:10 de uma manhã de novembro. A chuva parecia cair horizontalmente e de nada adiantava aquele guarda chuva azul com pequenas flores em tons de rosa e roxo. As gotas que caíam pareciam querer cortar a sua pele, com as roupas molhadas a invisível projetava no chão passos trêmulos de frio.
Nos fones os acordes pareciam sussurrar alguma coisa sobre a velocidade do som e passavam de certo modo uma estranha sensação de esperança e um frio na barriga. A invisível adorava e odiava essa sensação.

Na verdade (com essa sensação) ela queria apenas correr, correr pra bem longe, correr até cansar, correr até desmaiar, correr até chegar num beco sem saída que significaria a escolha entre pular ou não e que significado intenso tinha aquela vontade que somente ela sabia o que era.
De longe desenhava-se no espaço um vulto que cambaleava de leve, não parecia se importar com as pequenas navalhas que tentavam dilacerar. A calça azul marinho movia-se desmanchando as pregas lentamente, na camisa preta alguns botões abertos e um que se perdera no caminho, provavelmente caiu quando uma das mulheres acendia seu cigarro e a outra o puxava para trás. O chapéu cobria os cachos negros do boêmio que tinha um caminhar ímpar.

Os corpos antes distantes agora delineavam-se perfeitamente, a invisível hipnotizada pelo boêmio, que não devia passar dos 22, não conseguia desviar a atenção daquela figura tão intrigante e sedutora. Não mais que três segundos depois, o boêmio levou seu cigarro apagado à boca e observava a pequena que andava do outro lado da rua fitando-o, deu um sorriso de canto de boca.

A garota queimou por dentro apesar do frio cortante, um olhar, um boêmio e um sorriso. Foi tão inesperado que o mundo calou, ela parou, o chão sumiu e tudo parecia estar em queda livre sem ao menos sair do lugar e enquanto o boêmio a encarava mostrando aquele sorriso frouxo ela não se sentiu invisível pela primeira vez. Podia sentir o calor do olhar daquele homem que continuava a andar levando seus pés preguiçosos por caminhos inundados.

Sem fala, a garota que permanecia ali parada com o guarda chuva aos pés se sentiu tão feliz que nem percebeu que a chuva encharcara por completo e foi assim que por alguns segundos a invisível foi vista por alguém.



Minus celcius - Backyard babies

domingo, 10 de maio de 2009

Mordaça

Eu simplesmente não suporto quando uma pessoa acha que eu sou mais uma de suas posses.
Eu não sou.

"Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
sou minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina
mas sou minha, só minha e não de quem quiser
sou deusa, tua deusa oh meu amor."
Primeiro de Julho

quinta-feira, 26 de março de 2009

The unlucky one

O dia começa, e logo pensa "chega de faltar, hoje eu sou uma nova pessoa". Toma banho e para desaminada em frente ao guarda roupa leva alguns minutos até furtar uma blusa da mãe. Coloca seus óculos roxo-gigantes, atrás das lentes escuras se sente mais segura e em seguida encaixa os fones em seus ouvidos, quanto mais alto melhor, ouvir os pensamentos dói mais do que ter sua pele arrancada por uma faca de cozinha cega. Ainda sim eles berram, martelam sua pobre mente cansada.
Tem sido tempos difíceis, muito difíceis. No estacionamento tem uma placa que sempre lhe arranca o primeiro sorriso do dia OI-1369, ela tem um significado especial, um dia chegou a lhe passar pela cabeça roubar a chapa de metal e pendurá-la em seu quarto como um troféu. Sempre que acordasse sorriria.
Logo pensou "já passou a graça do dia".
Em pequenas letras diz "Bom dia palomita ;)", Palomita foi especial ninguém lembraria disso. Sem ilusões dessa vez, a chuva leva tudo embora, foi um dia bom.


But how many corners do I have to turn?
How many times do I have to learn?
All the love I have is in my mind.
I hope you understand.
The verve - Lucky man

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Liz

Quisera eu ser assim, como uma Flor de Lis.
E ter como raiz um sofrimento tão nobre, de tão imenso amor.
Quisera eu chamar-me Liz.

Raiz

Às vezes eu me sinto o maior dos erros e me bate aquela vontade de dizer adeus. Parte disso é sua culpa, se tivesse cumprido a sua responsabilidade, se tivesse interrompido ou deixado de lado, não haveria dor e seus dias sempre seriam ensolarados ao lado do amor da sua vida.
E cada vez que você o faz, eu morro mais um pouquinho. Falta pouco para acabar, eu prometo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Alpha


Vou passar um tempinho fora, melhor assim. Finalmente terei tempo pra refletir sobre a minha "nova vida" com mais parcimônia. Quero fincar meus pés na areia, esquecer que o mundo existe, e me concentrar apenas em mim mesma. Entrar na água salgada, mergulhar no silêncio e apreciar a sua paz.

Fugir.


Ballerina - Miranda!