domingo, 29 de junho de 2008

Rumo

Eu já não sei o que fazer, me sinto um fracasso. Mas hoje eu não vou falar da minha subvida amorosa. Outra derrota é a faculdade. Desde os meus 14 anos eu tinha a convicção de um dia ser jornalista, era meu sonho entrevistar pessoas, correr atrás de noticias, tirar fotografias e viver trabalhando nas ruas.
Sabe quando uma criança descobre que Papai Noel não existe, é assim que eu me sinto sobre o meu curso, acho que até um pouco pior. Descobri que sou uma pessoa sem talento que quando tem crises de criatividade não consegue fazer absolutamente nada, nem mesmo um Lead (Lead = Quem? Fez o que? Onde? Quando? Porque?). E sim, estou no meio da minha pior crise de criatividade com uma pitadinha de depressão.
É frustrante ver as pessoas que sabem escrever textos notavelmente superiores aos meus, e quando eles lêem suas obras eu penso "Porque eu não consigo escrever como eles?" ou "Eu devia ter pensado nisso antes". Algumas pessoas parecem não apresentar o mínimo de decência ou intelecto escrevem melhor que eu.
Por milagre eu passei esse semestre, por algum motivo pessoal meu nome foi tirado de dois trabalhos de matérias diferentes, trabalhos que valiam 3 pontos cada. Eu não me sinto motivada a entrar na sala e assistir a aula como na primeira semana.
É muito triste você parar por um breve momento e perceber que todos estão caminhando para um futuro com aquela profissão e você continua ali na estaca zero. Ver todos progredindo e você ali petrificado, sem palavras. Caiu a minha ficha e eu passo a maior parte do tempo me segurando, tentando não pensar nisso.
Parte do meu sonho era ser fotógrafa, mas além de sem talento, eu tremo naturalmente, tremo demais. E às vezes me incomoda ouvir das pessoas comentários como "Você tem Mal de Parkinson?" ou "Nossa você treme demais!", isso me remete a essa frustração de não poder tirar fotos.
Machuca pensar que eu não nasci pra isso apesar de ficar maravilhada com essa profissão.
Talvez a minha relação com o jornal deve ser apenas aos domingos no café da manhã.

"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, ou uma hora, ou um dia, ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma outra coisa tomará o seu lugar. Se eu paro, no entanto, ela dura para sempre"
Lance Armstrong

Try try try - Smashing Pumpkins

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Segundo ato

Odeio ver pessoas que se passam por "santinhas" e na verdade são verdadeiras devassas. Pra que criar uma imagem errada até para seus amigos? Pessoas nas quais eles dizem confiar tudo, até seus segredos mais sujos (no caso "inexistentes" ou leves). O que não passa de um pseudo-eu que essas pessoas criam, é vergonhoso. E cada vez que uma pessoa brinca de puritano e moralista ganha por merecer a minha repulsa e desprezo. Isso pra mim não faz sentido.
Deve ser ruim atuar a todo momento um alguém criado para manter as aparências, mesmo que esteja evidente. Um dia, aquela figura imaculada vai se revelar e a fama de casto, religioso (que seja) vai lentamente se desmanchar e quando isso acontecer eu quero assistir de camarote e me deleitar a cada segundo da situação. Principalmente aqueles que julgam os outros com valores moralistas enérgicos.
Meus devaneios diários me levam sempre ao fim de toda essa hipocrisia e sempre me pego imaginando a humilhação pela qual essas pessoas passariam. Sim, isso me diverte muito, assim como eles se divertem julgando os outros.
Um dia isso vai acabar, ah vai!


"O absinto é o afrodisíaco do ego. A Fada Verde quer a sua alma"

Dracula de Bram Stoker

O raio que o parta - Superguidis

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cárcere


Su nombre es Bob Paraguaçu!
Su nombre es Bob Paraguaçu!
El es el perro, es el perro!
Es BOB PARAGUAÇU!
Jajajajajaja

Ai, que saudade daquela época em que nada além da cerveja quente me incomodava. Sofria somente com a sede do dia seguinte e mesmo tendo que fingir ser alguém que não sou, eu era mais feliz daquele jeito. LIVRE.


Quero aquela vida de volta.

Ball and chain - Janis Joplin sofrendo comigo.

Surto


Cá estou eu no auge do ócio, com um keepcooler de uva e a cabeça cheia. Parece que vou explodir, há muito tempo não descanso, do nada surgem milhares de ideias e textos além de minha capacidade atual, mas ao pegar a caneta tudo some. O papel é um abismo.

mate-me.

Screaming for vengeance - Iced Earth



quinta-feira, 12 de junho de 2008

Maldito seja esse tal de Dia dos Namorados. Dia em que casais trocam presentes e olham torto às pessoas que não tem um par. Hoje eu fui almoçar sozinha num restaurante de Fast food perto de casa e imagina que ironia, vários casais saíram pra almoçar na mesma merda de restaurante. E é lógico que fui publico das demonstrações de afeto, sorrisos bobos, beijinhos, mão aqui e mão ali. Além de ser alvo de olhares que estranhavam a minha falta de companhia, olhares com dó e desprezo. Eu não preciso de um namorado para ser feliz, FATO! Se precisasse, estaria com aquele ex grudento, ciumento e louco ou então com aquele que disse que havia se apaixonado loucamente por mim desde a nossa primeira vez juntos. Qual o motivo da comemoração? Por que não existe o Dia do Solteiro? Sem falar que nós solteiros não devemos explicação à ninguém, ciúme é um sentimento distante, não existe ninguém acorrentado ao seu calcanhar, compromisso não existe, a preocupação com um belo par de chifres é apenas uma piada (ah, vai me dizer que você nunca teve medo de traição?) e você não é obrigado a ter que ouvir os problemas de outras pessoas.
Poucos casais se dão ao luxo de confiar "na sua metade". Agora meu amigo, imagine você que ama a sua liberdade, que não troca um barzinho com os amigos por nada nesse mundo, você que começa a sair a partir de Quarta-feira e só para no Domingo tendo que ficar em casa porque a sua(seu) namorada(o) enlouquece se você colocar o pé fora de casa. Não duraria né! Além de ser insuportável cá pra nós.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Baby, I'm gonna leave you.


Eu preciso deixar você ir, mas você sempre volta com suas demonstrações de interesse inesperadamente. Quanto mais perto de te esquecer ao menos por uns dias, mais "surpresas" você me manda. E você não sabe o quanto me pertuba essa "nossa" situação.

Babe, baby, baby, I'm gonna leave you - Led Zeppelin

Babe, baby, baby, I'm gonna leave you.
I said baby, you know I'm gonna leave you.
I'll leave you when the summertime,
Leave you when the summer comes a-rollin',
Leave you when the summer comes along.

Babe, babe, babe, babe, babe, babe, baby, mmm, baby
I don't wanna leave you,
I ain't jokin' woman, I've got to ramble.
Oh, yeah, baby, baby, I'll be leavin',
Really got to ramble.
I can hear it callin' me the way it used to do,
I can hear it callin' me back ho--oo-ome!

Babe, oh, Babe, I'm gonna leave you
Oh, baby, you know, I've really got to leave you
Oh, I can hear it callin' me
I said, don't you hear it callin' me the way it used to do?
Oh!

I know, I know, I know I'm never, never, never, never, never, never, never,
Gonna leave you babe
But, I got to go away from this place,
I've got to quit you, yeah
Oh!! Baby, baby, baby, baby, baby, baby, baby,
Oh, don't you hear it callin' me?
Oh, woman, woman, I know, I know
It feels good to have you back again
And I know that one day baby, it's gonna really grow, yes it is.
We gonna go walkin' through the park every day.
Come what may, every day, oh
My, my - my - my, my, my babe
I'm gonna leave you. Goin'
I'm gonna quit you baby
It was really, really good.
You made me happy every single day.
But now... I've got to go away!
Oh, oh

Baby, baby, baby,
That's when it's callin' me
I said that's when it's callin' me back home...

Shine on - Jet

terça-feira, 3 de junho de 2008

Morfina

Porque esse sentimento insiste em voltar, sem deixar certeza nenhuma do que eu quero ou preciso. Quando se sente algo por alguém torna-se consequência o sofrimento? A vida é muito relativa e cada caso é um caso, mas eu nunca passei por um sentimento que não me fizesse sofrer horrores.


Ultimamente, desde que o conheci, me sinto anestesiada, dormindo em um sono tão profundo, que por mais que eu esteja ciente disso não consigo acordar.

Não é amor, não é tão forte, mas me deixou irracional. Passo maior parte do tempo fora do meu corpo, em lugar nenhum. Quero falar com ele, quero não ter raiva dele, quero que ele me trate bem, quero esquecer que já tive algo com ele. Só quero viver a minha vida, e se ele quiser, talvez tenha um espaço insignificante pra ele aqui.
Tantos "quero" me tornam insuportável, não nasci para viver acorrentada à duvida e incerteza, derreto. Às vezes me dá vontade de rasgar a roupa, a pele e sair correndo sem rumo. Me sinto suja.

Meu estado é catatônico, é grave. Preciso acordar, voltar a respirar ou sei lá, levantar a cabeça, e deixá-lo lá sozinho, como tantas vezes ele me deixou.

Dig - Incubus