quinta-feira, 24 de julho de 2008

Clichê e caos.

Ele a provocara pela ultima vez. Sim, de hoje ele não escapava. Ninguém a chama de "piranha arrombada" e sai impune, não mesmo. Alice sofria nas mãos dele. E novamente ele senta em sua poltrona fedida para assistir aqueles reality show ridículos com strippers de meia idade decadentes que dançam por alguns trocados furados de seus clientes gordos, bêbados e imundos.
Alice passou pela sala de cabeça baixa, seu olhar emanava todo ódio que sentia naquele momento, ódio que acumulara durante tanto tempo, hoje, essa palhaçada acaba.
- Vê se faz alguma coisa que presta e traz uma cerveja gelada pra mim.- Gritou aquele porco nojento.
Ela não emitiu um som se quer e foi para a cozinha. Abriu a geladeira e pegou a garrafa de cerveja, que ele amava mais do que a ela, se soubesse disso antes moraria em qualquer outro lugar. E por um breve momento ela largou a cerveja no balcão e apanhou uma faca, a maior delas.
Observando a faca ela imaginou como lhe daria prazer ver a lâmina cortar o pescoço daquele desgraçado, vê-lo tremer e sangrar até a morte. E rompendo-se o silêncio ouve-se aquele tom de voz que exigia a cerveja e a chamava de piranha.
Alice não pôde se conter, colocou a faca no cós de sua calça frouxa e rasgada, arrumou seus cabelos colocando-os para atrás das orelhas, respirou fundo e escondeu todo o seu ódio.
Andou lentamente até a sala, queria desfrutar cada milésimo de segundo daquele momento.
- Toma aqui- disse a garota com um brilho estranho no olhar.
Sai da minha frente sua babaca.- Ordenou o gordo nojento.
Ela apanhou a faca e pulou em cima dele enfiando a lâmina nas entranhas dele por três vezes. Ele berrou de dor, ela sorriu e continuou a esfaqueá-lo. Dava para ouvir as gargalhadas dela de longe, sentia tanto prazer, nada no mundo poderia lhe trazer uma sensação assim.
O gosto de sangue era melhor com o ódio e a vingança e como era bom.
O último suspiro e ela removeu a faca do corpo inanimado porém ainda quente.
Alice lambeu os dedos, e parecia ótimo, todo aquele sangue em suas mãos, era perfeito, divino.
Agora aquele lugar fedia mais do que o normal. Alice ainda tomada pelo êxtase estava ensanguentada. Por sorte não morava ninguém nas redondezas, a gritaria poderia chamar a atenção de algum vizinho.
Ela enrolou o corpo em um pedaço de lona que era usado para cobrir o carro e com muito esforço o colocou no banco de trás do carro.
Pegou todo o dinheiro que ele guardava para as prostitutas, colocou em uma mochila. Tomou banho. Pegou também suas roupas e colocou no porta malas do carro e dirigiu. Dirigiu por uns 150km, puxou o corpo para a beira da estrada e ateou fogo.
Assistiu de camarote. Alice se sentia leve como uma pena, parecia até que ia voar.
- Tchau pai. O inferno tava te esperando há muito tempo - Foi a sua despedida.
Foi embora. E foi assim que Alice se tornou uma assassina.


Ps: Ninguém é obrigado a ler o meu lixo.

Hell's bells - ACDC

4 comentários:

V. disse...

tenso.
ela devia ter mutilado, feito umas coisas bem ruins do tipo fazê-lo beber a cerveja pelo nariz.
o.o eu seria uma péssima assassina (nos dois sentidos aheuieoha)
ficou ótimo.

Daniel Seixas disse...

Meu blog me dá vergonha. Sou o único que não posta coisas legais. =[
Ps: Gostei. Tenso!
Ps²: Essa texto me fez lembrar o jogo de pc Alice. É a Alice do país das maravilhas mas toda sanguinária.

Unknown disse...

Ficou bom garotaa!
Séri mesmo, você tá escrevendo bem melhor!
=*

Comentador Fiel disse...

"Adrenalina"

só que o nome da mulher era diferente, e ela matou o cara com um tiro.